respublica

sexta-feira, novembro 28, 2003

O ANTI SEMITISMO Para muitos intelectuais europeus, Israel é culpado de tudo o que está de errado no mundo. A Al Quaida ataca os interesses ocidentais? A culpa é do Judeu, que não devia ser protegido pelo Ocidente. Um bombista suicida faz-se explodir dentro de um café em Haifa? A culpa é do Judeu, que obriga os nobres resistentes do Hamas a assassinar inocentes. Deu-se o Holocausto? A culpa é do Judeu, porque se não este não existisse, os nazis não seriam obrigados a pôr em prática a solução final…

Assistimos a uma estranha inversão de valores. Nunca vi os que se manifestam contra Israel protestarem contra as vítimas inocentes dos atentados suicidas, tal como nunca vi os que gritam slogans contra a ocupação do Iraque proferirem palavras de ordem contra Saddam.

O Governo de Ariel Sharon tem sido um obstáculo à paz. É verdade. Mas e Arafat? Quem é que, na esquerda e na intelectualidade europeias, protesta contra o corrupto e terrorista Arafat?

Congratulations on being manly (if you're a man), but you know you can get just as drunk on shots without drinking so much, don't you?
Congratulations!! You're a tall glass of nice cold
beer!


What Drink Are You?
brought to you by Quizilla

FIZ MAIS UM TESTE, desta vez a conselho da Nicotina do Sonho... por acaso até gosto de cerveja...

terça-feira, novembro 25, 2003




OS VIKINGS NA AMÉRICA O blog Naufrágios publicou um interessante artigo da AFP sobre a presença viking na América do Norte, que tomei a liberdade de aqui reproduzir:


"Did Scandinavians Beat Columbus to America Twice?

Oct. 22, 2003 — Archeologists have already established that Viking explorers beat Christopher Columbus to America by about 500 years, but experts in Sweden now hope to determine whether another group of Scandinavians landed in the New World in 1362, 130 years before Columbus.

A 200-pound rune stone, a block of stone featuring symbolic engravings common during the Viking era, has been sent from the United States to Sweden's Museum of National Antiquities to establish whether it really dates from 1362, as its markings claim, or is just a hoax.

If confirmed as an authentic relic, the so-called Kensington stone would prove that another wave of explorers, more than 300 years after the Vikings, made it to the American continent before Columbus did in 1492.

«The stone is very important. But whether or not history will have to be re-written because of this stone is very difficult to say,» museum curator Karl-Olof Cederberg said.

A farmer in Kensington, Minn., claimed to have found the stone on his property in 1898. The man, Olof Ohman, originally from Sweden, immediately suspected it was a rune stone.

He handed the slab over to experts, many of whom dismissed it as a fake; after years of dispute over its origin, the stone was returned to Ohman, who put it to use as a doorstep.

Decades later, interest in the stone was resuscitated and it eventually ended up on display in various U.S. museums, including the Smithsonian Institution in Washington.

Now, a dozen experts have descended upon Sweden's Museum of National Antiquities — which is featuring the rune stone in an exhibit that opens Thursday — to examine the stone's inscriptions and geological composition to determine its true origin.

According to experts, the inscription, translated into English, reads: «Eight Geats (southern Swedes) and 22 Norwegians on this exploration journey from Vinland in (unclear) west. We made camp at two (unclear) one day's journey north of this stone. We went fishing one day. Upon our return we found 10 men red from blood and death, Ave Maria. Save us from evil. There are 10 men down by the sea guarding our ships, 14 days' journey from this island. Year 1362.»

Those who believe that the stone is authentic claim that the marshy surroundings of its origin were areas of water in 1362, and therefore the area in Minnesota where it was found was indeed an island at the time.

At least one U.S. expert, Scott Walter, has concluded that the stone was exposed to weather and winds for several centuries, boosting the claim that it is authentic.

One theory is that the Swedish-Norwegian king Magnus Eriksson in 1354 sent a team of explorers to find out what had happened to an expedition he had sent to Greenland. It would be this team that ultimately ended up in Minnesota.

However, skeptics note that the era of Viking exploration is believed to have ended some 300 years before the stone's date, and point out that the Viking practice of engraving rune stones was no longer common in the 1300s.

Others also wonder whether a group that has just found 10 companions savagely murdered would hang around to laboriously engrave a rune stone.

The Stockholm museum is now pinning its hopes on modern technology and a group of Nordic experts to once and for all resolve the more than 100-year-old mystery of the Kensington stone.

«Whichever conclusions are drawn, they will be interesting. If it is a bluff, it's still interesting because it would show that emigrants used the stone as part of their identity-building, playing on the references to the Vikings,» Cederberg said."

segunda-feira, novembro 24, 2003

OUVI DIZER que foi convocada para amanhã mais uma greve estudantil na minha universidade.

Na última greve, as portas da universidade foram fechadas a cadeado, acto que em si demonstra estupidez e intolerância. De resto, tais atitudes são próprias de dirigentes que pautam a sua conduta pela ausência de espírito democrático. Além disso, os excelentíssimos dirigentes associativos mostraram que a única forma que têm de convencer os alunos a aderirem à greve é impedi-los de entrar na universidade.

Amanhã tenho exame, e ai deles se me barram a entrada...

sábado, novembro 22, 2003

É VERGONHOSA A EXCEPÇÃO concedida à França e à Alemanha a respeito do pacto de estabilidade. A UE continua com duas "velocidades": uns, quais alunos marrões bem comportadinhos, apertam o cinto e sacrificam-se; outros, quais baldas irresponsáveis, fazem o que bem entendem. Quem pode, pode!

ADICIONEI UM NOVO LINK, para o Torneiras de Freud, onde se encontram "doudices ao correr da torneira".

quarta-feira, novembro 19, 2003

O RECENTE INCIDENTE COM OS JORNALISTAS PORTUGUESES NO IRAQUE deu origem a uma nova onda de "informação reality show", com os espaços noticiosos ocupados pela glorificação de Carlos Raleiras e Maria João Ruela. Ele foi transformado em herói, no destemido aventureiro do jornalismo português raptado por Ali Babá e os quarenta ladrões; ela passou a mártir da informação, a nobre profissional alvejada em serviço. Não quero, de modo algum, menosprezar as qualidades pessoais destes profissionais ou a gravidade das situações com que o destino os brindou; mas esta onda reverencial e voyerista – do género "aqui estão os tampões da Maria João", ou "Maria João, foste atingida no rabo ou na coxa?" – enjoa-me profundamente. Os jornalistas passam a ser notícia, naquilo que, como diz o Lapsus Calami, pode ser chamado o "síndroma Manuela Moura Guedes".

John Simpson, célebre jornalista da BBC, viveu uma situação muito pior que a dos enviados portugueses. Simpson acompanhava uma força americana no Norte do Iraque, quando esta foi atingida por "friendly fire" – fogo que, na verdade, nada tem de amigável - ferindo gravemente o operador de câmera da BBC e ceifando a vida do jovem intérprete que os acompanhava, entre muitas outras vítimas mortais que viajavam na coluna militar. Apesar de visivelmente emocionado pela tragédia que o rodeava e principalmente pela perda do jovem de 25 anos que o acompanhava por "friendship and adventure", Simpson não deixou de transmitir do local uma reportagem excelente a todos os níveis. O enviado da BBC falou da morte e da destruição sem que fosse necessário filmar as dezenas de cadáveres que o rodeavam, pintando o quadro da tragédia sem que tivesse de chocar os tele-espectadores com a visão dos corpos estropiados. E a única altura em que falou de si mesmo foi quando mostrou as suas roupas rasgadas, de modo a poder demonstrar a força da explosão que quase lhe roubou a vida.




ENCONTREI UM SITE SOBRE O POVO CURDO, em que se encontram dezenas de fotos como esta, tiradas ao longo do último século. Os curdos são cerca de vinte milhões (o dobro da população portuguesa!), mas continuam sem pátria. O seu território - o chamado "Curdistão" - está dividido entre o Iraque, Irão, Síria e, principalmente, a Turquia.

É criminosa a política turca em relação aos curdos. É criminosa a hipocrisia da comunidade internacional, que permite que todo um povo continue privado de uma pátria. Depois admiram-se que haja terrorismo...

Uma curiosidade: O célebre Saladino, sultão do Egipto que venceu reconquistou Jerusálem e venceu os Cruzados, eram um curdo da Mesopotâmia. E Saddam Hussein, que tanto oprimiu e massacrou os curdos, gosta de se apelidar de "novo Saladino"...


terça-feira, novembro 18, 2003




CHAMOU-ME A ATENÇÃO um texto publicado no Tempore sobre a figura de George Marshall e a actual supremacia norte-americana:

"(...)Para muitos (senão a maioria), a predominância dos Estados Unidos nos últimos 60 anos tem sido tudo menos benigna. Como acontece com todos os domínios mais ou menos imperiais (e isto levava-nos para outra discussão, muito mais extensa), o dos Estados Unidos também está cheio de episódios lamentáveis, criminosos, ridículos, patéticos, e o que mais de negativo o leitor conseguir imaginar.

O problema aqui é de grau. A última grande potência global pré-1945 foi a Grã-Bretanha, e basta ler um pouco sobre a história do império britânico (recomendo “The Rise and Fall of the British Empire”, de Lawrence James, publicado pela St. Martin’s Press) para perceber que os americanos, face ao poder esmagador de que dispõem, até o têm utilizado com relativa parcimónia. Os ingleses, com bem menos recursos, não hesitavam em recorrer às ameaças, à humilhação e à sua especialidade favorita, a chamada “diplomacia de canhoneira”. Se os “nativos” (e isto incluía-nos a nós, portugueses, como se viu em 1890, no Ultimato) não se “portassem como deve ser”, mandavam-se umas quantas canhoneiras para “metê-los na ordem”. Incidentes destes, hoje em dia impensáveis, ocorreram às dezenas, e eram provocados por motivos tão triviais como a prisão (legítima) de um súbdito de Sua Majestade. Raro era o ano em que não havia um "Iraque" ou um "Afeganistão", muitas vezes porque um coronel qualquer estava aborrecido pela falta de caça decente ou de um bom jogo de pólo. Era o que os britânicos chamavam “espalhar os valores da Cristandade ocidental”.

Utilizando as categorias de Joseph Nye, o poder dos Estados Unidos tem sido muito mais soft do que hard: valores, cultura, sonhos, e não tanto armas, soldados, invasões. Nesta perspectiva, o Plano Marshall é o auge da política de segurança americana. Nunca na história da Humanidade o vencedor tinha estendido a mão aos derrotados da forma que os Estados Unidos o fizeram após a 2ª Guerra Mundial – cheia de dinheiro. Harry Truman, que, pelos padrões europeus, seria tão ou mais bronco que George W. Bush, teve a larga visão de dar ao seu secretário de Estado os meios necessários ao cumprimento de um plano decisivo para o Ocidente: desenvolvimento, bem-estar, paz, segurança.

Se a Europa é o que é hoje, deve-o em boa medida ao general Marshall. Ele percebeu, tal como Lincoln 80 anos antes, que a força dos Estados Unidos estava na magnanimidade. Ele percebeu que, para assegurarem a sua segurança e a fidelidade aos valores da democracia liberal, os europeus precisavam muito mais de dinheiro do que de armas, ou soldados. Percebeu também que a guerra tinha acabado, e que os alemães deviam ter acesso à abastança americana, tal como os ingleses ou os franceses.

É claro que nada disto foi feito desinteressadamente. Os americanos sabiam que boa parte dos biliões de dólares que emprestaram iriam servir para comprar produtos americanos. Sabiam também que estavam a apertar com um nó extremamente forte o laço de dependência da Europa em relação aos EUA (só agora, passados quase 60 anos, ele parece ceder). Mas nada disso dilui o facto dos Estados Unidos terem fornecido os meios necessários à reconstrução europeia, sem exigirem em troca um papel directo na condução dos assuntos desses países.

O melhor símbolo da herança de Marshall é, infelizmente, uma construção feia e triste que dividiu um país inteiro. Ele não a quis, nem a mandou fazer, mas sem o seu plano ela, provavelmente, só seria necessária muito mais tarde. É que em 1961, quando o muro de Berlim começou a ser construído, o fosso entre o nível de vida da Alemanha federal e o da RDA era já gigantesco. É preciso não esquecer (e como parece difícil às vezes...) que o Muro foi construído a Leste, e não a Oeste. Bem vistas as coisas, a Guerra Fria pode muito bem ter sido perdida/ganha logo ali. Quando um regime constrói uma gigantesca prisão para evitar que os seus cidadãos vão procurar noutro lado aquilo que ele próprio não é capaz de lhes dar, as hipóteses de sobrevivência não são famosas..."

A RTP 2 VOLTOU A PASSAR "THE OFFICE", uma das séries do espaço "britcom".

Não posso deixar de concordar com o João Pereira Coutinho, quando este diz que "(...) ao contrário de Seinfeld, The Office é o retrato daquilo que a todos acontece. Não existe nenhum Kramer a invadir o espaço com declarações delirantes. Os nossos vizinhos não são assim. Mas, em contrapartida, os nossos patrões e colegas reproduzem a vida miserável das personagens de David, Mackenzie e restantes zombies engravatados. Sobretudo David Brent, o patrão, perfeitamente convencido da sua ridícula majestade, debitando soundbytes atrás de soundbytes, um legítimo representante da cultura plebeia e «televisiva» que arrasou com o mais leve traço de erudição e até de humanidade. Conheço casos. E, pior do que isso, todos conhecemos. Não admira que o humor seja de uma crueldade exemplar: The Office, sem gargalhadas de fundo e dominado até pelo desconfortável silêncio das piadas de mau gosto, é o retrato triste, e tristemente verdadeiro, da comédia em que se tornou grande parte da vida moderna".

Sinto pela personagem de David Brent um misto de pena e repugnância. E ao contrário de Seinfeld - que no final da série acaba a entreter os reclusos da penitênciária para onde foi enviado - Brent acaba por ser despedido...

segunda-feira, novembro 17, 2003

NÃO SABIA QUE A MINHA AMIGA RUTE FUMAVA - e a tua mãe, sabe? Bem, só me resta dar as boas vindas à Nicotina do Sonho.

GOVERNO VS. ADMINISTRAÇÃO já repararam que, cada vez mais, o termo "governo" tem sido substituído por "administração" no discurso de políticos, académicos e jornalistas? É sabido que nos EUA o termo "administração" sempre foi usado. Mas não na Europa. Mete-me um pouco de impressão ouvir falar na "administração Aznar", "administração Blair" ou "administração Chirac"...

Bem sei que as duas palavras podem ser consideradas sinónimos, mas creio que devem ser empregues em contextos diferentes. Para desfazer as dúvidas, fui ao dicionário:


Administração: do Lat. administratione, s. f., acção de administrar; governo; gestão de negócios públicos e particulares; conjunto de normas destinadas a ordenar e controlar a produtividade e eficiência tendo em vista um determinado resultado; conjunto de indivíduos cuja função é a de gerir ao mais alto nível uma empresa, instituição, etc.; local onde estão instalados os serviços administrativos.


Governo: de governar; s. m., acção de governar ou dirigir embarcação; por ext. leme, governalho; acção de governar, de dirigir, reger ou conduzir; administração, gestão superior; Política: poder executivo ou o conjunto de indivíduos que administram superiormente um Estado (grafado com inicial maiúscula); ministério (grafado com inicial maiúscula);regime, sistema ou modo por que se rege um Estado (grafado com inicial maiúscula); território da jurisdição de um governador; período de tempo em que alguém governou; reinado; regência; directriz, norma, regra; poder, mando, comando; domínio, senhorio, superioridade; depósito das águas das salinas; comporta entre os reservatórios das marinhas de sal.

Aphrodite
Aphrodite/Eros


?? Which Of The Greek Gods Are You ??
brought to you by Quizilla

AFRODITE/EROS? Mais um teste engraçado...

sexta-feira, novembro 14, 2003

You are Morpheus-
You are Morpheus, from "The Matrix." You
have strong faith in yourself and those around
you. A true leader, you are relentless in your
persuit.


What Matrix Persona Are You?
brought to you by Quizilla

REFIZ O TESTE DO MATRIX, e afinal não sou parecido com a Trinity, mas com o Morpheus...

quarta-feira, novembro 12, 2003

É FEIO RIR DAS DESGRAÇAS DOS OUTROS, mas não consegui resistir a esta. Recebi um divertido email contendo uma notícia do Correio da Manhã sobre a detenção de José Castelo Branco:


"Dormiu de porta aberta e divertiu

"Foi a noite mais divertida que já passámos na prisão". A frase é de João Braga Gonçalves e foi proferida ontem, durante o café da manhã, no Estabelecimento Prisional junto à Polícia Judiciária (EPPJ). Na mesma mesa, João Vale e Azevedo e José Braga Gonçalves, outros dos notáveis daquela prisão, assentiram e o riso foi geral.

Tudo por causa de José Castelo Branco, cuja passagem pelo EPPJ dificilmente será esquecida, de acordo com aquilo que os irmãos Braga Gonçalves contaram ontem a uma das suas visitas. Tudo começou quando Castelo Branco teve de se despir, regra da prisão. O facto de estar de 'collants' de lycra e cueca fio dental foi, obviamente, alvo da maior chacota. Depois, o 'marchant' ex-modelo, não aguentou ficar fechado na cela. Gritava bem alto que sofria de "afrontamentos" e "claustrofobia". Numa primeira fase, os guardas iam-lhe abrindo a porta da cela a espaços. Mas face à gritaria, com frases como "são os invejosos", "eu sou um senhor, casado com uma dama multimilionária e conhecido em todo o mundo" e "é por causa desta inveja que eu detesto este País, quero voltar para Nova Iorque", quando a espertina já tinha atingido toda a ala e todos riam, foi tomada a decisão de deixar a porta da cela aberta e colocar um guarda de vigia.

De manhã, na tal mesa do café, continuaram as lamentações. Castelo Branco queria estar "apresentável" para ir a interrogatório, até porque só veste grandes marcas. Pediu gel e um elástico para o cabelo. Como não havia, protestou alto e bom som. Voltando às suas frase preferidas - "Eu sou um lorde, um senhor, vocês são uns invejosos, não posso ir assim ao juiz" -, Castelo Branco lá conseguiu um elástico de borracha normal e puxou o cabelo para trás com água.
(In Correio da Manhã, 08-11-2003)"

Palavras para quê?

terça-feira, novembro 11, 2003

FIZ UM TESTE DE PERSONALIDADE indicado pela Bomba Inteligente. E o resultado foi o seguinte:

ESTJ - "Administrator". Much in touch with the external environment. Very responsible. Pillar of strength. 8.7% of total population.
Take Free Myers-Briggs Personality Test




Eça de Queirós escreveu o seguinte a respeito da sua visita a Jerusalém, por volta de 1869:

"De repente, ao voltar uma curva da estrada, Jerusalém aparece. Vê-se um cidade escura, baixa, humilde, muradas de negras muralhas, tudo de um tom sombrio, melancólico, morto."

Lugar sagrado para as três religiões monoteístas, Jerusalém sempre foi uma cidade disputada pelo seu valor simbólico e importância estratégica. Com cinco mil anos de história, é também uma das mais antigas cidades do mundo. Inúmeros povos e civilizações a disputaram e habitaram: cananeus, israelitas, sírios, egípcios, assírios, babilónios, persas, macedónios, romanos, bizantinos, árabes, turcos (e arménios), ingleses e, novamente, os judeus. Mantenho a esperança de um dia a visitar.

ZBIGNIEW BRZEZINSKI, antigo conselheiro do presidente Jimmy Carter, assina uma crónica no "Público" de hoje, em que aborda a questão da credibilidade internacional dos Estados Unidos. Brzezinski recorda um episódio ocorrido durante a crise dos mísseis de Cuba, e estabelece uma interessante comparação com o momento presente:

"Há quarenta anos, um emissário importante foi enviado a França por um Presidente dos Estados Unidos em apuros. Foi durante a crise dos mísseis de Cuba, e o emissário era um determinado ex-secretário de Estado, Dean Acheson. A missão dele era dar informações ao Presidente francês, Charles de Gaulle, e pedir-lhe apoio no que podia tornar-se uma guerra nuclear envolvendo não apenas os Estados Unidos e a União Soviética mas toda a NATO e o Pacto de Varsóvia.

No fim do encontro, Acheson disse a de Gaulle: "Gostaria agora de mostrar-lhe as provas, as fotografias que temos de mísseis soviéticos equipados com armas nucleares". O Presidente francês respondeu: "Não desejo ver as fotografias. A palavra do Presidente dos Estados Unidos chega-me. Diga-lhe por favor que a França está ao lado da América".

Será que algum líder mundial reagiria hoje da mesma maneira a um emissário norte-americano enviado ao estrangeiro para dizer que o país X está armado com armas de destruição maciça que ameaçam os Estados Unidos? É improvável. A conduta recente da política externa americana, ao distorcer as ameaças que a América enfrenta, isolou os Estados Unidos e prejudicou a sua credibilidade. Causou danos na nossa capacidade para lidar com questões na Coreia do Norte, no Irão, na Rússia e na Cisjordânia. Se for preciso argumentar pela necessidade de acção contra uma ameaça de facto iminente, que nação nos levará a sério?"


sexta-feira, novembro 07, 2003

ACTUALIZEI OS "LINKS", inserindo ligações para outros blogs que costumo visitar regularmente. Além do Arqueoblogo - a quem aproveito para agradecer as simpáticas palavras - inseri ligações para o Aviz, para a Bomba Inteligente, para o Complot, para o Gato Fedorento, para o Janela para o Rio, para o Os meninos de ouro e, não podia faltar, o esperado site de João Pereira Coutinho.

ESPERO QUE GOSTEM do novo aspecto gráfico. Ainda não está pronto (falta o sistema de feedback, entre outras coisas), mas devo fazer os acertos finais nos próximos dias. Confesso, no entanto, que me inspirei no Virtualidades, embora tenha procurado dar um toque pessoal. Obrigado Nuno!

quarta-feira, novembro 05, 2003




GOSTAVA DE SABER TIRAR FOTOGRAFIAS. Ainda hei de tirar um curso de fotojornalismo. Adorava. Uma foto vale mais que mil palavras. Mas para já, limito-me a apreciar o trabalho de quem percebe do assunto. Segui o conselho do Borras de Café e visitei o "Olhares.net", que inclui magníficos trabalhos de António Nunes, Armando Frazão, Bruno Espadana, João Coutinho e Marta Veríssimo. Um site que contém imagens belíssimas, com links para as páginas pessoais dos fotógrafos em questão. A foto acima é de João Coutinho.

SEGUI O CONSELHO do Klepsydra, e fiz o teste do site Political Compass, que indica a sensibilidade política de quem o faz. E o resultado do meu teste diz que sou um "left libertarian", com ideias muito próximas do centro. No entanto, não me estou a ver no PS...