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terça-feira, novembro 18, 2003

A RTP 2 VOLTOU A PASSAR "THE OFFICE", uma das séries do espaço "britcom".

Não posso deixar de concordar com o João Pereira Coutinho, quando este diz que "(...) ao contrário de Seinfeld, The Office é o retrato daquilo que a todos acontece. Não existe nenhum Kramer a invadir o espaço com declarações delirantes. Os nossos vizinhos não são assim. Mas, em contrapartida, os nossos patrões e colegas reproduzem a vida miserável das personagens de David, Mackenzie e restantes zombies engravatados. Sobretudo David Brent, o patrão, perfeitamente convencido da sua ridícula majestade, debitando soundbytes atrás de soundbytes, um legítimo representante da cultura plebeia e «televisiva» que arrasou com o mais leve traço de erudição e até de humanidade. Conheço casos. E, pior do que isso, todos conhecemos. Não admira que o humor seja de uma crueldade exemplar: The Office, sem gargalhadas de fundo e dominado até pelo desconfortável silêncio das piadas de mau gosto, é o retrato triste, e tristemente verdadeiro, da comédia em que se tornou grande parte da vida moderna".

Sinto pela personagem de David Brent um misto de pena e repugnância. E ao contrário de Seinfeld - que no final da série acaba a entreter os reclusos da penitênciária para onde foi enviado - Brent acaba por ser despedido...