respublica

sexta-feira, agosto 11, 2006

CONTRADIÇÕES A Al Qaeda, que no Iraque tem assassinado centenas de xiitas, protesta agora contra os ataques contra o Hezbollah, clamando em defesa dos "irmãos muçulmanos" atacados pelo "agressor sionista". Ora aí está gente coerente.

A OBSESSÃO DA CULPA O maior trunfo da nebulosa terrorista islâmica não se encontra na sua capacidade operacional. Por muitos aviões que façam explodir, não é isso que lhes dará a vitória sobre o Ocidente. O maior trunfo dos terroristas é o sentimento de culpa dos Europeus.

A Europa vive obcecada pela culpa. Culpa de ser rica e desenvolvida. Culpa de viver em paz. E finalmente, culpa de os outros continentes não terem tudo isso. É esta crença enraízada no nosso subsconsciente colectivo que um dia nos vai destruir. Somos a única civilização que pede desculpa quando é atacada, e que procura "compreender" quando os outros a querem pura e simplesmente destruir. Mais tarde ou mais cedo, a nossa civilização cairá devido a esta obcessão. E recordemos que, em toda a História da Humanidade, nunca outra civilização permitiu um melhor nível de vida a um maior número de pessoas, ainda que tenha múltiplos problemas.

O pacifismo extremo dos europeus não lhes permite compreender verdadeira a História de que fazem parte. A guerra é lamentável? Claro que sim, mas por vezes é inevitável. Há alturas em que não resta outra alternativa senão combater sem vacilar. Imaginemos como seria hoje o mundo se os nossos antepassados tivessem vergado o joelho diante de facínoras como Napoleão ou Hitler.

Os fanáticos islamo-fascistas que querem fazer explodir aviões a meio do Atlântico não o fazem devido à política do Ocidente em relação aos países muçulmanos. Fazem-no sim porque nos querem destruir. Porque sabem, ao contrário dos europeus acomodados, que no mundo do século XXI o seu modo de vida não poderá coexistir com o nosso. Um dos dois mundos será destruído. Cabe a nós fazer com que o lado vencedor não seja o que glorifica a morte e combate a liberdade.

___________________________

P.S.: O mundo muçulmano devia, por uma vez, tentar "compreender" o Outro. Os países islâmicos já eram atrasados do ponto de vista tecnológico e económico quando o Ocidente começou a influir nos seus destinos, há cerca de noventa anos. As razões do seu atraso remontam pelo menos ao século XVI. Antes de acusarem o Ocidente e Israel de todos os males do mundo, talvez devessem olhar um pouco para si próprios.

quinta-feira, agosto 03, 2006

PARA QUE CONSTE... Retirado daqui, na Rua da Judiaria:

Crimes de Guerra
artigo de Mounir Herzallah, médico libanês emigrado na Alemanha

"Até 2002 vivi numa pequena cidade no sul do Líbano, perto de Mardshajun, cujos habitantes eram na maioria xiitas, tal como eu. Depois de Israel ter abandonado o Líbano, não demorou muito para que o Hezbollah controlasse a nossa cidade, tal como todas as outras. Recebidos como lutadores vitoriosos da resistência, apareceram armados até aos dentes e, também na nossa cidade, escavaram bunkers para armazenar os seus arsenais de mísseis. A “obra social” do Hezbollah resumiu-se a construir uma escola e um prédio de habitação sobre esses bunkers! Um sheikh local explicou-me sorrindo que os judeus ficavam a perder de qualquer maneira, porque os mísseis ou seriam disparados contra eles ou, se eles atacassem os arsenais, seriam condenados pela opinião pública mundial por causa dos mortos civis. Esta gente não quer saber da população do Líbano, eles usam-na primeiro como escudos e, depois de mortos, como propaganda. Enquanto eles continuarem a existir, não haverá paz nem tranquilidade."

Carta publicada na edição de 30 de Julho de 2006 do jornal alemão Der Tagesspiegel