respublica

segunda-feira, fevereiro 09, 2004

O PARTIDO DA MODA Chamou-me a atenção o artigo de Eduardo Cintra Torres, no Público de hoje. Tomei a liberdade de aqui transcrever algumas linhas, às quais, de resto, pouco tenho a acrescentar:

"(...) Em entrevista à SIC Notícias (27.01), Carlos Carvalhas disse e repetiu que o PCP não tem a simpatia da imprensa e da TV e por isso se nota menos na vida política que outros partidos. Carvalhas tem razão. As simpatias, não assumidas, de uma parte da imprensa, rádio e TV vão principalmente para o Bloco de Esquerda. O BE está em "estado de graça" em alguns "media" há anos e não é escrutinado pelo jornalismo como os outros partidos parlamentares. Toda a actividade do BE se destina a maximizar tempos de antena e a obter a tal simpatia referida por Carvalhas.

Tal como Santana Lopes, o Bloco é uma empresa de relações públicas de si mesmo. No programa Conselho de Estado (2) em que participei há semanas fiquei estupefacto com as intervenções da ex-deputada Joana Amaral Dias, porque todas elas, mesmo arriscando descentrar os temas em debate, visaram apenas bajular os jornalistas e a imprensa em geral. Esta estratégia tem dado resultado. Enquanto na entrevista à SICN Carvalhas foi de novo confrontado com o apoio do PCP a regimes ditatoriais, nunca ninguém pergunta a Francisco "Écrã" Louçã, dirigente do PSR, "Secção Portuguesa da IV Internacional", se ele ainda defende a revolução permanente do camarada Leon Trostky."