CAPELÕES Que Fernanda Câncio não saiba para que serve um capelão, não será de espantar. O que é de espantar é que a dita senhora não seja capaz de compreender que há quem, nos hospitais, nas prisões, nos hospícios e nos quartéis, saiba o que é um capelão e para que serve. E que essas pessoas têm direito a praticar a sua religião e a receber o apoio espiritual que merecem. Se o Estado paga a psicólogos, médicos e enfermeiros para trabalharem nesses locais, porque não pagar também a profissionais que satisfaçam as outras necessidades - em alguns casos até mais urgentes - das pessoas? Se a presença de um sacerdote der esperança a um doente, que mal há nisso? Se o conforto de um sacerdote incutir bons princípios (oops, políticamente incorrecto!) num criminoso, que mal há nisso?
A única coisa que me parece mal na actual lei é o facto de os sacerdotes de outras religiões não terem os mesmos direitos. Mas isso não é culpa da Igreja, como Fernanda Câncio e companhia gostam de fazer crer.
Tanto ódio anti-clerical já enjoa. Definitivamente, há quem pense que vivemos em 1910. Já cheira a recalcamento.
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P.S.: A forma como Fernanda Câncio (FC) começa o post revela muita coisa, a meu ver. Senão vejamos: «O folhetim do padre júlio (é júlio, não é?), sequestrado na capela de pinheiro da cruz por dois reclusos, contado pelas televisões, é um prodígio». Este «é Júlio, não é?» é uma forma de dizer que o sacerdote é um serzinho insignificante. Duvido que FC começasse um dos seus artigos sobre um qualquer casal de lésbicas com algo do género «ana e helena (é ana e helena, não é?), querem casar".
A única coisa que me parece mal na actual lei é o facto de os sacerdotes de outras religiões não terem os mesmos direitos. Mas isso não é culpa da Igreja, como Fernanda Câncio e companhia gostam de fazer crer.
Tanto ódio anti-clerical já enjoa. Definitivamente, há quem pense que vivemos em 1910. Já cheira a recalcamento.
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P.S.: A forma como Fernanda Câncio (FC) começa o post revela muita coisa, a meu ver. Senão vejamos: «O folhetim do padre júlio (é júlio, não é?), sequestrado na capela de pinheiro da cruz por dois reclusos, contado pelas televisões, é um prodígio». Este «é Júlio, não é?» é uma forma de dizer que o sacerdote é um serzinho insignificante. Duvido que FC começasse um dos seus artigos sobre um qualquer casal de lésbicas com algo do género «ana e helena (é ana e helena, não é?), querem casar".
6 Comments:
Bom regresso!
Quanto aos Bancos, em Portugal inveja-se tudo o que seja bem sucedido.
By Fabiano, at terça-feira, novembro 07, 2006 2:10:00 da tarde
A questão é mesmo essa, Filipe. Os sacerdotes de outras religões deviam, de facto, estar contemplados pela lei. Mas isso, se calhar, ia estragar a vida a tantas Fernandas Câncio cuja razão de existir parece ser a permanente batalha contra a Igreja Católica.
Abraço
By Rui Afonso, at terça-feira, novembro 07, 2006 2:33:00 da tarde
estará o estado disposto a pagar sacerdotes de outras religiões?
Estará o estado disposto a financiar as deslocações de um rabi ou de um iman a um hospital ou uma prisão?
Se assim for, não tenho nada contra a presença de um capelão... também.
By MiM, at quarta-feira, novembro 15, 2006 10:34:00 da manhã
Pessoalmente, sou a favor disso. Acho que o Estado devia pagar a capelões de outras religiões, se isso contribuir para o bem estar dos doentes.
By Gabriel Peregrino, at segunda-feira, novembro 20, 2006 1:17:00 da tarde
pois eu punha os capelões a fazer alguma coisa de útil, para variar. cimento, por exemplo.
By Anónimo, at segunda-feira, novembro 20, 2006 1:49:00 da tarde
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
By Anónimo, at domingo, dezembro 10, 2006 8:18:00 da tarde
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