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segunda-feira, novembro 06, 2006

CAPELÕES Que Fernanda Câncio não saiba para que serve um capelão, não será de espantar. O que é de espantar é que a dita senhora não seja capaz de compreender que há quem, nos hospitais, nas prisões, nos hospícios e nos quartéis, saiba o que é um capelão e para que serve. E que essas pessoas têm direito a praticar a sua religião e a receber o apoio espiritual que merecem. Se o Estado paga a psicólogos, médicos e enfermeiros para trabalharem nesses locais, porque não pagar também a profissionais que satisfaçam as outras necessidades - em alguns casos até mais urgentes - das pessoas? Se a presença de um sacerdote der esperança a um doente, que mal há nisso? Se o conforto de um sacerdote incutir bons princípios (oops, políticamente incorrecto!) num criminoso, que mal há nisso?

A única coisa que me parece mal na actual lei é o facto de os sacerdotes de outras religiões não terem os mesmos direitos. Mas isso não é culpa da Igreja, como Fernanda Câncio e companhia gostam de fazer crer.

Tanto ódio anti-clerical já enjoa. Definitivamente, há quem pense que vivemos em 1910. Já cheira a recalcamento.

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P.S.: A forma como Fernanda Câncio (FC) começa o post revela muita coisa, a meu ver. Senão vejamos: «O folhetim do padre júlio (é júlio, não é?), sequestrado na capela de pinheiro da cruz por dois reclusos, contado pelas televisões, é um prodígio». Este «é Júlio, não é?» é uma forma de dizer que o sacerdote é um serzinho insignificante. Duvido que FC começasse um dos seus artigos sobre um qualquer casal de lésbicas com algo do género «ana e helena (é ana e helena, não é?), querem casar".

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