respublica

segunda-feira, novembro 06, 2006

Luís Rainha, do Aspirina B, escreveu o seguinte: «O santo Helder [do Insurgente] está mesmo convencido de que colossos industriais como a Toyota se dão ao trabalho alterar processos de fabrico, investigar novas tecnologias, criar e comercializar produtos menos nocivos para o Ambiente... apenas movidos pela bondade intrínseca desses actos! Já encontrei testemunhas de Jeová menos crédulas em milagres e outras divinas intervenções.»

Mas quem falou na "bondade intrínseca desses actos"? A Toyota apostou no fabrico de automóveis híbridos, que em parte funcionam à base de energia eléctrica, por puro interesse capitalista. Para fazer o bem não é preciso agir de forma desinteressada; e o bem comum é muitas vezes conseguido através da prossecução dos interesses de cada indivíduo. Mas a Esquerda, que julga ter morto Deus, não perdeu ainda a sua vocação messiânica: continua a acreditar no triunfo da causa (recordemos a fé religiosa do nonagenário Cunhal na vitória final do comunismo), vê o mundo a preto e branco e esquece-se que os homens não são anjos.

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