respublica

quarta-feira, janeiro 12, 2005

MEIAS-MEDIDAS Bem sei que muitos fumadores se queixam do "fundamentalismo anti-tabagista". Bem sei que a repressão não é, geralmente, a melhor medida para combater um determinado problema. Bem sei, também, que o exagero nunca é razoável...

Todavia, e não obstante as considerações acima tecidas, sou a favor da proibição total do tabaco em locais públicos, sejam estes repartições estatais, hospitais, escolas, locais de trabalho, cafés, restaurantes, bares ou discotecas. E se sou a favor deste "exagero", é porque estou consciente do perigo que o tabaco constitui para a saúde pública.

Creio que a distinção que o governo pretende estabelecer entre locais onde "todos têm direito de ir" e sítios "onde só vai quem quer" - sendo que nos primeiros não se poderá fumar mas nos segundos sim -, atenta contra a saúde pública. Como não fumador, tenho o direito de poder frequentar bares, restaurantes e cafés sem ser forçado a respirar fumo de tabaco. E penso que se os fumadores querem fumar nesses locais - desejo legítimo, desde que não prejudiquem a saúde dos outros -, se devem criar espaços próprios para eles, dentro ou fora dos referidos estabelecimentos.

O governo afirma que caberá aos proprietários desses espaços proibir ou não o consumo de tabaco no seu interior... como se isso fosse possível!