ESQUERDA CAVIAR O José que me desculpe, mas não posso deixar de transcrever e de chamar a atenção para o seu excelente post "Caviar House ou o bloco sanitário":
"(...) Ora, precisamente, já passava da meia noite quando pediu ali entrada um grupo de 3 jovens de origem africana: um casalinho aí pelos 15-16 anos, ela em adiantado estado de gravidez, e um rapaz mais velho e muitíssimo magro, aí pelos seus 18 anos. Duma forma quase humilde contaram que tinham fugido das suas casas, em Chelas, e que tendo sabido que aquela casa tinha sido okupada vinham ali pedir um tecto que não sabiam onde mais o arranjar.
Foi então que tive a oportunidade de reparar melhor num rapaz alto e de forte vozeirão, que era sem dúvida o líder e ideólogo daquela operação okupa. Para minha estupefacção e grande embaraço do meu irmão, aquele belo rapaz levantou-se imediatamente e, tomando conta da ocorrência, pôs-se a falar. Disse coisas espantosas: que o movimento okupa era um estilo de vida alternativo, com uma forte matriz ideológica, que a ocupação de casas era uma acção coordenada de afirmação dessa ideologia, que os membros do grupo tinham que ter uma grande afinidade e homogeneidade cultural e ideológica por forma a fazerem os sacrifícios que este modo de vida lhes impunha. E saiu-se com uma pérola inesquecível: “o movimento okupa não se pretende substituír aos planos de realojamento da Câmara de Lisboa”! E logo a seguir, melifluamente, que ali não era o lugar adequado para aqueles três jovens africanos, o que não significava que eles não contassem com a sua total solidariedade! E eles, coitados, lá se levantaram e foram-se dirigindo para fora.
Estava já eu completamente passado com aquilo e disse ao tal grande líder algo mais ou menos assim: “Ó meu cabrão hipócrita, essa conversa da treta da solidariedade e da tolerância não te serve sequer para ajudar quem precisa mesmo de alojamento, muito mais do que estes meninos e meninas que estão aqui só para chatear os ricos paizinhos! Agora o que vou fazer é oferecer 10 contos a estes gajos e dar-lhes uma boleia a uma pensão ou residencial que eles escolham! Bem podes dizer que isso é caridade mas esta caridade vale muito mais que a tua solidariedade de filho da puta!”
Gerou-se um sururu do caraças, tudo aos gritos, fascista, nazi e coisas assim, e o meu irmão empurrou-me dali para fora junto com os três desgraçados. E lá fomos os dois deixá-los na Praça do Chile com os tais 10 contos, o que na altura ainda era dinheiro. (...) Por causa da qual o Bloco nunca me enganou: para mim eles são o maior logro ideológico e intelectual da política portuguesa e nunca irão ter o meu voto."
Aconselho a leitura integral deste post, que ilustra bem a verdadeira essência da esquerda dita "libertária".
"(...) Ora, precisamente, já passava da meia noite quando pediu ali entrada um grupo de 3 jovens de origem africana: um casalinho aí pelos 15-16 anos, ela em adiantado estado de gravidez, e um rapaz mais velho e muitíssimo magro, aí pelos seus 18 anos. Duma forma quase humilde contaram que tinham fugido das suas casas, em Chelas, e que tendo sabido que aquela casa tinha sido okupada vinham ali pedir um tecto que não sabiam onde mais o arranjar.
Foi então que tive a oportunidade de reparar melhor num rapaz alto e de forte vozeirão, que era sem dúvida o líder e ideólogo daquela operação okupa. Para minha estupefacção e grande embaraço do meu irmão, aquele belo rapaz levantou-se imediatamente e, tomando conta da ocorrência, pôs-se a falar. Disse coisas espantosas: que o movimento okupa era um estilo de vida alternativo, com uma forte matriz ideológica, que a ocupação de casas era uma acção coordenada de afirmação dessa ideologia, que os membros do grupo tinham que ter uma grande afinidade e homogeneidade cultural e ideológica por forma a fazerem os sacrifícios que este modo de vida lhes impunha. E saiu-se com uma pérola inesquecível: “o movimento okupa não se pretende substituír aos planos de realojamento da Câmara de Lisboa”! E logo a seguir, melifluamente, que ali não era o lugar adequado para aqueles três jovens africanos, o que não significava que eles não contassem com a sua total solidariedade! E eles, coitados, lá se levantaram e foram-se dirigindo para fora.
Estava já eu completamente passado com aquilo e disse ao tal grande líder algo mais ou menos assim: “Ó meu cabrão hipócrita, essa conversa da treta da solidariedade e da tolerância não te serve sequer para ajudar quem precisa mesmo de alojamento, muito mais do que estes meninos e meninas que estão aqui só para chatear os ricos paizinhos! Agora o que vou fazer é oferecer 10 contos a estes gajos e dar-lhes uma boleia a uma pensão ou residencial que eles escolham! Bem podes dizer que isso é caridade mas esta caridade vale muito mais que a tua solidariedade de filho da puta!”
Gerou-se um sururu do caraças, tudo aos gritos, fascista, nazi e coisas assim, e o meu irmão empurrou-me dali para fora junto com os três desgraçados. E lá fomos os dois deixá-los na Praça do Chile com os tais 10 contos, o que na altura ainda era dinheiro. (...) Por causa da qual o Bloco nunca me enganou: para mim eles são o maior logro ideológico e intelectual da política portuguesa e nunca irão ter o meu voto."
Aconselho a leitura integral deste post, que ilustra bem a verdadeira essência da esquerda dita "libertária".
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