CÍRCULOS UNINOMINAIS A recente crise política veio mais uma vez chamar a atenção para a questão dos círculos uninominais. O facto de as legislativas se terem convertido em "eleições do primeiro ministro" deve-se, entre outras coisas, ao facto de os círculos eleitorais não serem uninominais. A criação destes círculos - que a Constituição prevê, embora não estabeleça - permitiria duas coisas: seria reconhecida mais legitimidade à Assembleia da República e um existiria um maior contacto entre os eleitores e os deputados eleitos pela sua região. As pessoas confiariam mais nos "seus" deputados e, entre outras coisas, aceitariam melhor um governo nomeado pelo Parlamento, a meio de uma legislatura...
Hoje em dia, dizer-se "deputado por Évora" ou "deputado por Vila Real" não significa rigorosamente nada. O sistema actual privilegia a ascensão dos yes men, indivíduos que sobem na hierarquia dos partidos através da bajulação e da intriga. A Assembleia da República, orgão máximo da nossa democracia, devia ser composta por pessoas com provas dadas nas suas respectivas comunidades, e merecedores do respeito e admiração dos seus concidadãos.
Hoje em dia, dizer-se "deputado por Évora" ou "deputado por Vila Real" não significa rigorosamente nada. O sistema actual privilegia a ascensão dos yes men, indivíduos que sobem na hierarquia dos partidos através da bajulação e da intriga. A Assembleia da República, orgão máximo da nossa democracia, devia ser composta por pessoas com provas dadas nas suas respectivas comunidades, e merecedores do respeito e admiração dos seus concidadãos.
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