HAVERÁ CORAGEM? Compreendo a posição daqueles que pediam eleições antecipadas. Afinal, formou-se um novo governo, com caras novas e, muito possivelmente, com uma inversão das políticas até aqui seguidas. Todos sabemos que, não obstante o que diz a Lei, nas eleições legislativas o povo vota para eleger o Governo e não os Deputados. Eu próprio escrevi sobre isso recentemente, aqui no “Respublica”.
Embora não aprecie o estilo de Santana Lopes (populista, sem perfil de estado e com um historial pouco credível), creio que Jorge Sampaio decidiu bem. As legislaturas têm quatro anos. A democracia parlamentar tem regras, pois caso contrário, como o presidente bem afirmou, haveria o risco de cair em desvios plebiscitários que poderiam pôr em causa o próprio sistema da democracia representativa. Além disso, as condições que o Presidente colocou como essenciais para o seu assentimento em relação à formação de um novo executivo – continuação das políticas de finanças, construção europeia e negócios estrangeiros – dão toda a legitimidade ao governo sustentado pela maioria parlamentar PSD/PP. Maioria essa que, recorde-se, mereceu a confiança dos portugueses, nas últimas eleições legislativas.
O Presidente decidiu, por isso, de acordo com a Constituição e na defesa dos interesses do país. E com grande coragem, uma vez que a esquerda “histórica/histérica” (leia-se, Ana Gomes e companhia) jamais lhe perdoará tal ousadia.
No entanto, parece-me que Sampaio pecou num aspecto: na excessiva morosidade e na aparente tibieza e indecisão (habilmente exploradas pelos RP’s de Santana, que inundaram os jornais com “fugas” de informação estratégicas...). Com essa aparente tibieza, o Presidente deu a entender que não terá a necessária força de vontade para se impor a Santana, no que diz respeito às políticas de rigor orçamental e de construção europeia. Terá Sampaio a coragem de lançar a bomba atómica, caso Santana não honre os compromissos assumidos? A ver vamos.
Embora não aprecie o estilo de Santana Lopes (populista, sem perfil de estado e com um historial pouco credível), creio que Jorge Sampaio decidiu bem. As legislaturas têm quatro anos. A democracia parlamentar tem regras, pois caso contrário, como o presidente bem afirmou, haveria o risco de cair em desvios plebiscitários que poderiam pôr em causa o próprio sistema da democracia representativa. Além disso, as condições que o Presidente colocou como essenciais para o seu assentimento em relação à formação de um novo executivo – continuação das políticas de finanças, construção europeia e negócios estrangeiros – dão toda a legitimidade ao governo sustentado pela maioria parlamentar PSD/PP. Maioria essa que, recorde-se, mereceu a confiança dos portugueses, nas últimas eleições legislativas.
O Presidente decidiu, por isso, de acordo com a Constituição e na defesa dos interesses do país. E com grande coragem, uma vez que a esquerda “histórica/histérica” (leia-se, Ana Gomes e companhia) jamais lhe perdoará tal ousadia.
No entanto, parece-me que Sampaio pecou num aspecto: na excessiva morosidade e na aparente tibieza e indecisão (habilmente exploradas pelos RP’s de Santana, que inundaram os jornais com “fugas” de informação estratégicas...). Com essa aparente tibieza, o Presidente deu a entender que não terá a necessária força de vontade para se impor a Santana, no que diz respeito às políticas de rigor orçamental e de construção europeia. Terá Sampaio a coragem de lançar a bomba atómica, caso Santana não honre os compromissos assumidos? A ver vamos.
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