A FALSA PAZ A Europa vive em paz há mais de 50 anos. Exceptuando os conflitos relacionados com o processo de descolonização - que tiveram o fim que se conhece - os países europeus descansaram à sombra do guarda-chuva americano durante cinco décadas. Gerou-se uma falsa cultura de paz, de não aceitação da guerra. A Segunda Guerra Mundial seria assim a última de todas, o confronto final que poria fim a todos os conflitos armados.
Gerou-se também uma mentalidade segundo a qual são sempre necessárias duas partes para fazer um guerra. Se nós formos bonzinhos, se não nos metermos com ninguém, se ficarmos no nosso cantinho e recorrermos sempre a palavras bonitas, também ninguém nos incomoda. O Maio de 68 veio dar ainda mais força a esta corrente; a complexada geração de soissante-huitards que hoje governa a Europa reflecte bem as crenças (e as ilusões) dessa época.
Muita gente continua a pensar assim. Para estas pessoas, é culpa nossa se os terroristas nos atacam. Nós somos os capitalistas decadentes do Ocidente, os pecadores manchados pela cegueira do lucro e pela alienação da sociedade consumista. Eles são os bons selvagens, que recorrem à arma dos pobres - o Terror - para combater as injustiças de que são alvo. Alguns chegam ao ponto de legitimar o terrorismo, como se existisse o bom terror - aquele que tem causas politicamente correctas - e o mau. Na verdade, o terror é sempre mau, independentemente das causas que lhe estão na génese.
Quando queremos a paz a todo o custo, arriscamo-nos a dar ainda mais força aos inimigos. A resposta ao terror tem de ser firme, inflexível e implacável. Negociar com os terroristas, como aconselhou o senador Mário Soares, é reconhecer-lhes legitimidade política... além de constituir um convite a novas acções terroristas.
Creio que é necessário desmistificar três coisas essenciais: primeiro, a ofensiva da Al Quaeda na Europa não se deve à invasão do Iraque. Segundo, não é por sermos aliados dos EUA que nos tornamos um alvo; e, por último, a Al Quaeda não combate por um mundo mais justo ou mais fraterno. Bin Laden não se arvora em defensor dos oprimidos, até porque ele é um privilegiado por excelência.
A Al Quaeda combate o Ocidente e tudo o que ele significa: democracia, tolerância e liberdade de costumes. A América, enquanto expoente máximo desse mesmo Ocidente, é o alvo principal. Agora imaginemos o que aconteceria se os EUA fizessem o que Bin Laden mais deseja: retirar do Médio Oriente, entregando aqueles povos ao Califado. E imaginem depois o que aconteceria se os EUA, nessa onda isolacionista, retirassem completamente da Europa. Não é isso que os Louçãs, Rosas e afins mais desejam? Imaginem a rica e opulenta Europa, com os seus falsos pacifistas, desarmada e indefesa à mercê da barbárie...
Gerou-se também uma mentalidade segundo a qual são sempre necessárias duas partes para fazer um guerra. Se nós formos bonzinhos, se não nos metermos com ninguém, se ficarmos no nosso cantinho e recorrermos sempre a palavras bonitas, também ninguém nos incomoda. O Maio de 68 veio dar ainda mais força a esta corrente; a complexada geração de soissante-huitards que hoje governa a Europa reflecte bem as crenças (e as ilusões) dessa época.
Muita gente continua a pensar assim. Para estas pessoas, é culpa nossa se os terroristas nos atacam. Nós somos os capitalistas decadentes do Ocidente, os pecadores manchados pela cegueira do lucro e pela alienação da sociedade consumista. Eles são os bons selvagens, que recorrem à arma dos pobres - o Terror - para combater as injustiças de que são alvo. Alguns chegam ao ponto de legitimar o terrorismo, como se existisse o bom terror - aquele que tem causas politicamente correctas - e o mau. Na verdade, o terror é sempre mau, independentemente das causas que lhe estão na génese.
Quando queremos a paz a todo o custo, arriscamo-nos a dar ainda mais força aos inimigos. A resposta ao terror tem de ser firme, inflexível e implacável. Negociar com os terroristas, como aconselhou o senador Mário Soares, é reconhecer-lhes legitimidade política... além de constituir um convite a novas acções terroristas.
Creio que é necessário desmistificar três coisas essenciais: primeiro, a ofensiva da Al Quaeda na Europa não se deve à invasão do Iraque. Segundo, não é por sermos aliados dos EUA que nos tornamos um alvo; e, por último, a Al Quaeda não combate por um mundo mais justo ou mais fraterno. Bin Laden não se arvora em defensor dos oprimidos, até porque ele é um privilegiado por excelência.
A Al Quaeda combate o Ocidente e tudo o que ele significa: democracia, tolerância e liberdade de costumes. A América, enquanto expoente máximo desse mesmo Ocidente, é o alvo principal. Agora imaginemos o que aconteceria se os EUA fizessem o que Bin Laden mais deseja: retirar do Médio Oriente, entregando aqueles povos ao Califado. E imaginem depois o que aconteceria se os EUA, nessa onda isolacionista, retirassem completamente da Europa. Não é isso que os Louçãs, Rosas e afins mais desejam? Imaginem a rica e opulenta Europa, com os seus falsos pacifistas, desarmada e indefesa à mercê da barbárie...
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