O ESTADO DE SAÚDE DO PAPA Tem-se agravado nos últimos tempos. Com 83 anos, João Paulo II é um homem extremamente debilitado do ponto de vista físico. No entanto, conserva intactas as suas faculdades mentais. Apesar de minado pela doença e pela fadiga, mantém uma agenda de trabalho capaz de meter inveja a muitos jovens de 20 ou 30 anos.
Admiro o Papa. É um homem digno, bom e honesto. É coerente naquilo que acredita; não oscila consoante modas ou tendências. Abriu a Igreja ao diálogo com as outras religiões; assumiu um papel extremamente activo na defesa da paz e dos direitos humanos; pediu desculpa pelos erros da Igreja, transformando num ponto forte aquilo que antes era uma fraqueza.
O que o mundo não perdoa ao Papa é o facto de ser um pontífice conservador em termos de moral sexual. Mas o Papa não é um homem de modas, pois a doutrina católica não pode oscilar consoante as tendências do tempo. A Igreja sempre soube aculturar-se, mas sem nunca ceder em termos de doutrina. Não se pode esperar que moral judaico-cristã, com três mil anos de tradição, mude de um dia para o outro, só porque o Maio de 68 trouxe a liberdade sexual. O Papa é o chefe da Igreja, pelo que as suas posições são tomadas em nome da fé católica. Não é Karol Woytila quem fala, mas João Paulo II, Bispo de Roma e Sucessor de Pedro.
É curioso verificar que os maiores críticos de certos aspectos internos da Igreja são, na sua maioria, pessoas alheias ao catolicismo. Só é católico quem quer, e se é verdade que a Igreja tem que rever determinados aspectos da sua organização e da sua postura (por ex., a não ordenação das mulheres, a visão da sexualidade como meramente reprodutiva), também é verdade que esta é uma discussão e uma reflexão reservadas aos católicos. Quem está de fora não deve procurar interferir em questões que não compreende.
Existem muitos preconceitos contra a Igreja, na sua maioria derivados da falta de informação e de cultura. Muitos desses preconceitos são visíveis nos media, que carecem de profissionais realmente conhecedores do que se passa no seio da Igreja. Como exemplo, posso referir um caso que sucedeu há alguns anos, e que só de si é bastante elucidativo: num jornal diário de circulação nacional, a acompanhar a foto de três padres recém-ordenados prostrados em adoração ao Santíssimo, uma legenda dizia: "novos padres em adoração ao Papa"...
Outro exemplo reside nas acusações lançadas à Igreja, segundo as quais esta ajuda a propagar a SIDA por se opôr ao uso do preservativo. Outra falácia baseada no preconceito. As recomendações da Igreja destinam-se aos católicos que, supostamente, são pessoas que não levam uma vida sexual promíscua. E note-se que para aqueles "católicos" que mais facilmente cedem às tentações da carne (e que não são assim tão poucos!), a recomendação da Igreja é outra: se têm relações com várias pessoas, então que usem preservativo.
Sou católico praticante, mas admito que não concordo com determinadas posturas e atitudes da Igreja. Mas a Igreja sempre evoluiu segundo o seu próprio ritmo, o que explica o facto de ser a mais antiga instituição da mundo (apenas o Estado chinês é mais antigo que a Igreja).
Admiro o Papa. É um homem digno, bom e honesto. É coerente naquilo que acredita; não oscila consoante modas ou tendências. Abriu a Igreja ao diálogo com as outras religiões; assumiu um papel extremamente activo na defesa da paz e dos direitos humanos; pediu desculpa pelos erros da Igreja, transformando num ponto forte aquilo que antes era uma fraqueza.
O que o mundo não perdoa ao Papa é o facto de ser um pontífice conservador em termos de moral sexual. Mas o Papa não é um homem de modas, pois a doutrina católica não pode oscilar consoante as tendências do tempo. A Igreja sempre soube aculturar-se, mas sem nunca ceder em termos de doutrina. Não se pode esperar que moral judaico-cristã, com três mil anos de tradição, mude de um dia para o outro, só porque o Maio de 68 trouxe a liberdade sexual. O Papa é o chefe da Igreja, pelo que as suas posições são tomadas em nome da fé católica. Não é Karol Woytila quem fala, mas João Paulo II, Bispo de Roma e Sucessor de Pedro.
É curioso verificar que os maiores críticos de certos aspectos internos da Igreja são, na sua maioria, pessoas alheias ao catolicismo. Só é católico quem quer, e se é verdade que a Igreja tem que rever determinados aspectos da sua organização e da sua postura (por ex., a não ordenação das mulheres, a visão da sexualidade como meramente reprodutiva), também é verdade que esta é uma discussão e uma reflexão reservadas aos católicos. Quem está de fora não deve procurar interferir em questões que não compreende.
Existem muitos preconceitos contra a Igreja, na sua maioria derivados da falta de informação e de cultura. Muitos desses preconceitos são visíveis nos media, que carecem de profissionais realmente conhecedores do que se passa no seio da Igreja. Como exemplo, posso referir um caso que sucedeu há alguns anos, e que só de si é bastante elucidativo: num jornal diário de circulação nacional, a acompanhar a foto de três padres recém-ordenados prostrados em adoração ao Santíssimo, uma legenda dizia: "novos padres em adoração ao Papa"...
Outro exemplo reside nas acusações lançadas à Igreja, segundo as quais esta ajuda a propagar a SIDA por se opôr ao uso do preservativo. Outra falácia baseada no preconceito. As recomendações da Igreja destinam-se aos católicos que, supostamente, são pessoas que não levam uma vida sexual promíscua. E note-se que para aqueles "católicos" que mais facilmente cedem às tentações da carne (e que não são assim tão poucos!), a recomendação da Igreja é outra: se têm relações com várias pessoas, então que usem preservativo.
Sou católico praticante, mas admito que não concordo com determinadas posturas e atitudes da Igreja. Mas a Igreja sempre evoluiu segundo o seu próprio ritmo, o que explica o facto de ser a mais antiga instituição da mundo (apenas o Estado chinês é mais antigo que a Igreja).
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