E AGORA, EUROPA? Que caminho para a Europa, nesta encruzilhada em que se encontra? Creio que devemos procurar construir uma Europa potência, que possua o peso diplomático, militar e político equivalente à sua importância económica.
Mas que tipo de potência? Não uma Europa à imagem e semelhança da França, com o seu inoperante “Estado Social”, as suas manias de grandeur e o seu chavinismo anti-americano. Precisamos de uma economia competitiva, virada para as novas tecnologias e para as indústrias do futuro. Até porque essa é a única forma de, simultaneamente, preservar o estado providência e de garantir à nossa civilização um lugar de liderança mundial. Caso contrário, cairemos na estagnação, no declínio e na irrelevância na cena internacional.
E que "estado social" se deve manter? O anquilosado modelo francês/alemão, ou o dos países nórdicos e da Inglaterra, que souberam liberalizar as respectivas economias e ao mesmo tempo "social-democratizá-las"? Creio que a resposta será óbvia.
Haja coragem, realismo e abertura a outras formas de ver a Europa, que não a tradicional visão jacobina/centralista daqueles que até agora se têm arrogado ao direito de dizer o que é a Europa.
Temos de encontrar novos caminhos para a Europa, que não os do olympianismo inconsequente e do politicamente correcto da "esquerda bem pensante". Devemos aceitar e encarar sem complexos ideológicos a verdadeira identidade europeia, que teve origem num rico húmus cultural nascido da fusão entre a tradição greco-romana e o cristianismo.
Quanto à Constituição, creio que se devia aprovar a parte respeitante ao modo de funcionamento das instituições europeias - que é aquela que será realmente importante. O resto não interessa, sendo apenas resquícios de jacobinismo e tendências centralizadoras!
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