O SENTIDO DA HISTÓRIA Depois de muito pensar na questão, e embora permanencendo reticente quanto a certos aspectos do Tratado Constitucional Europeu - demasiado volumoso e complicado -, decidi votar "Sim" no referendo que se avizinha.
Creio que está na altura de a Europa se reencontrar, superando as divisões surgidas aquando do advento do Estado-Nação. É chegada a hora de a Europa se voltar a unir, desta feita não através do gládio dos legionários romanos ou das espadas carolíngias, mas da vontade expressa dos seus muitos e diversos povos. Partilhamos a mesma civilização. Partilhamos o mesmo húmus cultural e religioso. Partilhamos o mesmo destino. E quer queiramos quer não.
É chegado o momento de a Europa assumir as suas responsabilidades para consigo própria e para com o resto do mundo. O que apenas será possível se procedermos à formação de um novo estado federal supra-nacional, que respeite as características de cada nação e cultura. Um novo estado formado através da união voluntária dos seus povos e não através da força das armas.
A maior ameaça aos direitos e à independência política e económica dos pequenos países não advém do federalismo. Pelo contrário, o federalismo é a melhor forma de defender os interesses de países como Portugal, perante o desmesurado e muitas vezes súbtil poder dos "grandes".
Tenhamos coragem de romper com um passado caduco. Tenhamos a audácia de partir em busca de algo nunca antes conseguido.
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P.S.: a este respeito, recomendo a leitura do Abrupto e do Sítio do Não (cujo autor, José Pacheco Pereira, a quem agradeço a gentileza de nos ter "linkado", tem apelado ao voto no "Não") do Causa Nossa e do Blasfémias. Recomendo também a leitura deste ensaio do então Cardeal Josef Ratzinger, hoje Papa Bento XVI.
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