DUPLICIDADE DE CRITÉRIOS (III) O Alex respondeu ao meu post:
"1º O Iraque invadiu o Kuwait há 10 anos, se o queriam invadir era nessa altura. Convém deixar o passado no passado."
E acreditas mesmo que se Saddam não se encontrasse manietado pela ONU e pelos anglo-americanos, não teria voltado a invadir o Koweit, o Irão ou mesmo a Arábia Saudita? E se vamos "deixar o passado no passado" - com o que concordo - deixemos também o habitual argumento dos anti-americanos, que consiste em dizer que Saddam e Bin Laden foram em tempos apoiados pelos EUA. Não o fazer será mais um prova da tal duplicidade de critérios... não é verdade?
"2º Saddam era completamente inofensivo e estava completamente neutralizado. As armas só existiam na imaginação de quem as usou como pretexto."
Saddam não era inofensivo; era sim como um vulcão adormecido, que assim que pudesse voltaria a constituir uma ameaça.
"3º Fez-me rir esta parte: "O governo de Saddam foi o primeiro e único a usar armas químicas, desde o fim da Primeira Guerra Mundial (1918)". Porquê? Assim de repente lembro-me dos EUA no Vietname, e quem sabe noutros países, e de um país bem mais próximo de nós... Portugal! É sabido que usámos armas químicas em África. Aliás, pelo menos uma vez por ano falam disso nos jornais."
Não, não é sabido que usamos armas químicas (de destruição maciça), embora haja quem o afirme. Usamos napalm e produtos do género, mas não há provas de tenhamos usado VX, Sarin ou gas mostarda (armas com efeitos muito mais devastadores). Até prova em contrário, claro.
"4º Qualquer pessoa? Só quem repete o que diz Bush. Qualquer comparação com os Talibã, que mesmo assim são melhores que a Al-Qaeda, é mera coincidência."
Então responde-me: gostavas de viver no Iraque de Saddam ou no Afeganistão Talibã?
"5º Sobre a opinião pública árabe e revolta basta ver na TV e nos jornais"
E já pensaste que a maioria dos nossos jornalistas são profundamente anti-americanos? Acontecimentos isolados são apresentados como factos generalizados; meras interrogações são apresentadas como verdades infalíveis, e a História é analisada apenas de um ponto de vista, ideologicamente motivado, claro está. Acredita que assim é; conheço muitos, como deves calcular. E vejo também que, entre os meus colegas estudantes de comunicação social, o anti-americanismo e o anti-semitismo estão em franca expansão, o que não deixa de ser preocupante.
"1º O Iraque invadiu o Kuwait há 10 anos, se o queriam invadir era nessa altura. Convém deixar o passado no passado."
E acreditas mesmo que se Saddam não se encontrasse manietado pela ONU e pelos anglo-americanos, não teria voltado a invadir o Koweit, o Irão ou mesmo a Arábia Saudita? E se vamos "deixar o passado no passado" - com o que concordo - deixemos também o habitual argumento dos anti-americanos, que consiste em dizer que Saddam e Bin Laden foram em tempos apoiados pelos EUA. Não o fazer será mais um prova da tal duplicidade de critérios... não é verdade?
"2º Saddam era completamente inofensivo e estava completamente neutralizado. As armas só existiam na imaginação de quem as usou como pretexto."
Saddam não era inofensivo; era sim como um vulcão adormecido, que assim que pudesse voltaria a constituir uma ameaça.
"3º Fez-me rir esta parte: "O governo de Saddam foi o primeiro e único a usar armas químicas, desde o fim da Primeira Guerra Mundial (1918)". Porquê? Assim de repente lembro-me dos EUA no Vietname, e quem sabe noutros países, e de um país bem mais próximo de nós... Portugal! É sabido que usámos armas químicas em África. Aliás, pelo menos uma vez por ano falam disso nos jornais."
Não, não é sabido que usamos armas químicas (de destruição maciça), embora haja quem o afirme. Usamos napalm e produtos do género, mas não há provas de tenhamos usado VX, Sarin ou gas mostarda (armas com efeitos muito mais devastadores). Até prova em contrário, claro.
"4º Qualquer pessoa? Só quem repete o que diz Bush. Qualquer comparação com os Talibã, que mesmo assim são melhores que a Al-Qaeda, é mera coincidência."
Então responde-me: gostavas de viver no Iraque de Saddam ou no Afeganistão Talibã?
"5º Sobre a opinião pública árabe e revolta basta ver na TV e nos jornais"
E já pensaste que a maioria dos nossos jornalistas são profundamente anti-americanos? Acontecimentos isolados são apresentados como factos generalizados; meras interrogações são apresentadas como verdades infalíveis, e a História é analisada apenas de um ponto de vista, ideologicamente motivado, claro está. Acredita que assim é; conheço muitos, como deves calcular. E vejo também que, entre os meus colegas estudantes de comunicação social, o anti-americanismo e o anti-semitismo estão em franca expansão, o que não deixa de ser preocupante.
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