ATEÍSMO FUNDAMENTALISTA (II) no mesmo blog li também o seguinte texto, com o título "Alá é grande":
"(...) Aliás, o islamismo é um plágio do cristianismo a que falta o tempero da cultura helénica. Nem sequer foi contaminado pelo direito romano, bastando-lhe a boçalidade dos mullahs a interpretar o Corão."
É falso. O Islão não é um plágio do cristianismo; é verdade que recebeu influências cristãs (por exemplo, ao venerar a memória de Jesus), mas também as recebeu do judaísmo. Aliás, na época do Profeta, a região de Meca e Medina (o Hedjaz) estava repleta de colónias hebraicas, e o judaísmo era uma religião em expansão (talvez o nosso amigo Nuno Guerreiro possa dizer mais e melhor a este respeito). Maomé teve que enfrentar as poderosas tribos judaicas na sua luta pela unificação da Arábia. E descobrem-se muitas influências hebraicas na doutrina islâmica. De qualquer modo, o Islão não é um plágio nem do Cristianismo nem do Judaísmo.
Além disso, não podemos confundir o islão fundamentalista praticado em certas regiões do globo com a crença genuina; nem tão pouco esquecer o período áureo do Islão, em que a tolerância religiosa era ponto de honra da política dos Califas - aliás, pondo em prática os preceitos do Corão.
E continua:
"A história ensina-nos que, sempre que um Estado se liga a uma religião, esta tende a apoderar-se daquele. É preciso proteger o Estado da religião e, sobretudo, esta de si própria, para preservar a democracia."
Eu diria mais: não obstante o interesse de certos sectores da Igreja em se colarem ao Estado, é preciso proteger a religião do Estado; porque sempre que o poder temporal se pronuncia em questões de religião, imiscui-se em assuntos que não lhe dizem respeito e tenta manipular em seu proveito as consciências dos crentes. Além de, obviamente, desrespeitar os direitos daqueles que não o são. Por isso disse em tempos um cardeal renascentista: «A Igreja teme mais os Constantinos que os Neros!».
E o autor prossegue:
"As religiões têm o monopólio da rede de transportes que conduzem ao Paraíso. É urgente que ninguém seja obrigado a percorrer tais caminhos. Os lacraus segregam veneno, as religiões produzem a fé. O ateísmo é a vacina que pode libertar a humanidade."
E não é o ateísmo também uma crença? Ao quererem impôr uma "vacina" à Humanidade - ou seja, a sua própria forma de ver o mundo - os ateus fundamentalistas são tão intolerantes como os tribunais da Santa Inquisição ou os Mullahs talibans.
Só a tolerância e o respeito podem vacinar a humanidade.
"(...) Aliás, o islamismo é um plágio do cristianismo a que falta o tempero da cultura helénica. Nem sequer foi contaminado pelo direito romano, bastando-lhe a boçalidade dos mullahs a interpretar o Corão."
É falso. O Islão não é um plágio do cristianismo; é verdade que recebeu influências cristãs (por exemplo, ao venerar a memória de Jesus), mas também as recebeu do judaísmo. Aliás, na época do Profeta, a região de Meca e Medina (o Hedjaz) estava repleta de colónias hebraicas, e o judaísmo era uma religião em expansão (talvez o nosso amigo Nuno Guerreiro possa dizer mais e melhor a este respeito). Maomé teve que enfrentar as poderosas tribos judaicas na sua luta pela unificação da Arábia. E descobrem-se muitas influências hebraicas na doutrina islâmica. De qualquer modo, o Islão não é um plágio nem do Cristianismo nem do Judaísmo.
Além disso, não podemos confundir o islão fundamentalista praticado em certas regiões do globo com a crença genuina; nem tão pouco esquecer o período áureo do Islão, em que a tolerância religiosa era ponto de honra da política dos Califas - aliás, pondo em prática os preceitos do Corão.
E continua:
"A história ensina-nos que, sempre que um Estado se liga a uma religião, esta tende a apoderar-se daquele. É preciso proteger o Estado da religião e, sobretudo, esta de si própria, para preservar a democracia."
Eu diria mais: não obstante o interesse de certos sectores da Igreja em se colarem ao Estado, é preciso proteger a religião do Estado; porque sempre que o poder temporal se pronuncia em questões de religião, imiscui-se em assuntos que não lhe dizem respeito e tenta manipular em seu proveito as consciências dos crentes. Além de, obviamente, desrespeitar os direitos daqueles que não o são. Por isso disse em tempos um cardeal renascentista: «A Igreja teme mais os Constantinos que os Neros!».
E o autor prossegue:
"As religiões têm o monopólio da rede de transportes que conduzem ao Paraíso. É urgente que ninguém seja obrigado a percorrer tais caminhos. Os lacraus segregam veneno, as religiões produzem a fé. O ateísmo é a vacina que pode libertar a humanidade."
E não é o ateísmo também uma crença? Ao quererem impôr uma "vacina" à Humanidade - ou seja, a sua própria forma de ver o mundo - os ateus fundamentalistas são tão intolerantes como os tribunais da Santa Inquisição ou os Mullahs talibans.
Só a tolerância e o respeito podem vacinar a humanidade.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home