ATEÍSMO FUNDAMENTALISTA Conheci, via o excelente blog Guia dos Perplexos, os Diários de uns Ateus. Penso que o ateísmo fundamentalista - absolutamente convicto das suas certezas, virulento e agressivo para com os crentes - faz tanta falta a este mundo como o catolicismo fanático: nenhuma. Ao contrário do agnosticismo, o ateísmo é também uma forma de crença. E as crenças devem-se respeitar umas às outras; gostava de ver a reacção de certas pessoas se agora surgisse um blog dito "católico" a insultar aqueles que não o são.
Não é a ideologia que me deixa de pé atrás, mas sim o tom deste Diário. Além disso, e não obstante os seus autores demonstrarem possuir alguns conhecimentos históricos, parece-me que não compreendem a verdadeira essência do cristianismo. Este pequeno excerto é disso exemplo:
"(...) Os Evangelhos foram escritos algumas décadas depois da morte de Jesus e reflectem o racismo e preconceitos que alimentavam a rivalidade com o judaísmo, no fim do séc. I, quando a separação estava consumada. Querem os cristãos renunciar ao livro que julgam revelado por Deus ou manter-se fiéis, continuando a perseguir os judeus? Esse é o dilema de milhões de crentes para quem o anti-semitismo bíblico não é acessório, mas fundamental, e não pode ser expurgado, sob pena de deixarem Deus mal colocado."
É verdade que, no passado, a Igreja teve posições e atitudes anti-semitas. Durante séculos, por exemplo, o baixo clero acicatou o ódio e o ressentimento popular contra os judeus, acusando-os de serem os assassinos de Cristo e de viverem da usura e da extorsão. Expressões populares como a nossa "fazer judiarias" são ainda provas disso. Mas, ao mesmo tempo, certos sectores da Igreja sempre protegeram as comunidades hebraicas, em especial o Papado (com algumas excepções, evidentemente).
Além disso, o anti-semitismo não era privilégio exclusivo da Igreja ou do Cristianismo. Até há algumas décadas atrás, por exemplo, muitos intelectuais europeus eram anti-semitas. Muitos regimes políticos também o foram, e nem sempre por motivos ou pretextos ligados à religião.
Já lá vai há muito o tempo em que nas Igrejas se rezava pelos "pérfidos judeus". O anti-semitismo não só não é política da Igreja, como é por ela condenado. E estou convencido que a esmagadora maioria dos católicos e dos cristãos em geral não quer "perseguir os judeus".
Quanto ao anti-semitismo de certos livros do Novo Testamento, há que entender o contexto em que foram escritos.
Não é a ideologia que me deixa de pé atrás, mas sim o tom deste Diário. Além disso, e não obstante os seus autores demonstrarem possuir alguns conhecimentos históricos, parece-me que não compreendem a verdadeira essência do cristianismo. Este pequeno excerto é disso exemplo:
"(...) Os Evangelhos foram escritos algumas décadas depois da morte de Jesus e reflectem o racismo e preconceitos que alimentavam a rivalidade com o judaísmo, no fim do séc. I, quando a separação estava consumada. Querem os cristãos renunciar ao livro que julgam revelado por Deus ou manter-se fiéis, continuando a perseguir os judeus? Esse é o dilema de milhões de crentes para quem o anti-semitismo bíblico não é acessório, mas fundamental, e não pode ser expurgado, sob pena de deixarem Deus mal colocado."
É verdade que, no passado, a Igreja teve posições e atitudes anti-semitas. Durante séculos, por exemplo, o baixo clero acicatou o ódio e o ressentimento popular contra os judeus, acusando-os de serem os assassinos de Cristo e de viverem da usura e da extorsão. Expressões populares como a nossa "fazer judiarias" são ainda provas disso. Mas, ao mesmo tempo, certos sectores da Igreja sempre protegeram as comunidades hebraicas, em especial o Papado (com algumas excepções, evidentemente).
Além disso, o anti-semitismo não era privilégio exclusivo da Igreja ou do Cristianismo. Até há algumas décadas atrás, por exemplo, muitos intelectuais europeus eram anti-semitas. Muitos regimes políticos também o foram, e nem sempre por motivos ou pretextos ligados à religião.
Já lá vai há muito o tempo em que nas Igrejas se rezava pelos "pérfidos judeus". O anti-semitismo não só não é política da Igreja, como é por ela condenado. E estou convencido que a esmagadora maioria dos católicos e dos cristãos em geral não quer "perseguir os judeus".
Quanto ao anti-semitismo de certos livros do Novo Testamento, há que entender o contexto em que foram escritos.
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