PERSONAGENS (VII) o que me fascina na figura de Agostinho de Hipona (354 a 430 d.C.) é a intensidade com que este filósofo e Padre da Igreja viveu a sua longa vida. Nascido em Tagaste, na província romana de África, o jovem Agostinho cedo adoptou uma vida boémia e despreocupada, com jogo, copos e mulheres q.b.. Professor de retórica em Milão, converteu-se ao maniqueísmo. Mais tarde, por instâncias de sua mãe e de Ambrósio, Bispo de Milão, acabou por se converter ao Cristinianismo. Mesmo assim, demorou a mudar de vida; é célebre uma sua oração pela qual pedia ao Criador para o "fazer casto, mas não já".
Todavia, Agostinho foi ordenado sacerdote em 391, sendo investido Bispo de Hipona quatro anos depois. Sendo homem de paixões intensas, revelou pelo cristianismo o mesmo fervor e intensidade que anos antes colocara na busca dos prazeres carnais. Como resultado, produziu uma extensa obra, em que procurava conciliar o cristianismo com o platonismo. Quando morreu, durante a conquista vândala de Hipona, em 430, era já reconhecido como um dos principais pensadores cristãos. Foi declarado Doutor da Igreja e canonizado. Daí que muitos o conheçam como Santo Agostinho.
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