A QUESTÃO DE TAIWAN permanece algo esquecida, especialmente quando a atenção dos media e da opinião pública ocidentais se tem voltado quase exclusivamente para o Médio Oriente. O governo do presidente Chen Shui-bian pretende realizar um referendo sobre uma eventual declaração unilateral de independência, a ter lugar no próximo mês de Março.
Refira-se que Taiwan (a designação oficial é "República da China") é, na prática, um estado independente. Até 1969, altura em que os EUA e a generalidade da comunidade internacional reconheceram a República Popular da China (RPC), o executivo taiwanês era reconhecido como o governo legítimo da China.
Refúgio dos nacionalistas de Chang Kai Chek no final da guerra civil chinesa (1949), Taiwan é hoje um país democrático, ao contrário da China continental. A RPC opõe-se terminantemente a uma declaração de independência, ameaçando mesmo com o uso da força. Os EUA têm-se esforçado por manter o status quo, por ser do seu interesse continuar a manter boas relações com a RPC. Mas o que acontecerá se um dia o governo de Beijing decidir invadir Taiwan?
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