A PSICOSE COLECTIVA DA PEDOFILIA O escândalo da pedofolia chegou à estação pública. Embora haja muita coisa mal contada em toda a história das cassetes (uns dizem que são de pedofilia, outros que não), parece-me que não haverá fumo sem fogo. No entanto, considero lamentável a forma como a concorrência pegou no assunto - parecem chacais a cravar os dentes numa carcaça. Agora que a RTP começa a ser de novo concorrência séria, as televisões de Queluz e de Carnaxide fazem uso de tudo o que possa denegrir a imagem da estação pública.
Gente má há em todo o lado, independentemente de partidos, empresas, clubes, igrejas, associações... e a comunicação social, em vez de criar e alimentar toda esta verdadeira "psicose" nacional à volta da questão da pedofilia, devia procurar informar as pessoas de forma isenta e serena.
Esta psicose colectiva à volta da pedofilia começa a atingir níveis caricatos, se não mesmo preocupantes. Vou-vos contar uma história que aconteceu no mês passado com um conhecido meu, e que disto é ilustrativo: Esse meu conhecido comprou recentemente uma máquina fotográfica digital, e sendo ele fotógrafo de um orgão de comunicação social, aproveitou uma tarde solarenga para tirar umas fotos à infraestrutura de uma piscina municipal. As fotos em questão reverteriam para o arquivo do jornal onde ele trabalha. Estava ele ocupado nesta tarefa, quando o funcionário da piscina lhe pediu para o acompanhar até à entrada, ao que ele, surpreendido, acedeu prontamente. Mas mais surpreendido ficou quando viu que dois polícias o esperavam! Entretanto, os utilizadores da piscina - na sua maioria crianças e adolescentes - agruparam-se em redor, para verem o que se passava. Os polícias questionaram-no a respeito das fotos que estava a tirar, pois uma senhora que ali estava presente tinha chamado a polícia porque "estava um pedófilo a tirar fotos às crianças". Como era uma máquina digital, o meu colega mostrou as fotos e o equívoco desfez-se imediatamente. No entanto, as dezenas de crianças em redor apupavam-no constantemente com epítetos tipo "Bibi", "Carlos Cruz" (com todo o respeito que ainda tenho pela presunção da inocência destes senhores), ao mesmo tempo que a dita senhora continuava a insultá-lo, mesmo depois de ver as fotos inocentes que ele tinha tirado. Concluindo, depois desta humilhação pública, acho que tão cedo o meu colega não volta a pôr os pés numa piscina...
Vivemos uma altura de psicose colectiva, em que as condutas mais inocentes podem ser interpretados como os mais vis comportamentos.
Gente má há em todo o lado, independentemente de partidos, empresas, clubes, igrejas, associações... e a comunicação social, em vez de criar e alimentar toda esta verdadeira "psicose" nacional à volta da questão da pedofilia, devia procurar informar as pessoas de forma isenta e serena.
Esta psicose colectiva à volta da pedofilia começa a atingir níveis caricatos, se não mesmo preocupantes. Vou-vos contar uma história que aconteceu no mês passado com um conhecido meu, e que disto é ilustrativo: Esse meu conhecido comprou recentemente uma máquina fotográfica digital, e sendo ele fotógrafo de um orgão de comunicação social, aproveitou uma tarde solarenga para tirar umas fotos à infraestrutura de uma piscina municipal. As fotos em questão reverteriam para o arquivo do jornal onde ele trabalha. Estava ele ocupado nesta tarefa, quando o funcionário da piscina lhe pediu para o acompanhar até à entrada, ao que ele, surpreendido, acedeu prontamente. Mas mais surpreendido ficou quando viu que dois polícias o esperavam! Entretanto, os utilizadores da piscina - na sua maioria crianças e adolescentes - agruparam-se em redor, para verem o que se passava. Os polícias questionaram-no a respeito das fotos que estava a tirar, pois uma senhora que ali estava presente tinha chamado a polícia porque "estava um pedófilo a tirar fotos às crianças". Como era uma máquina digital, o meu colega mostrou as fotos e o equívoco desfez-se imediatamente. No entanto, as dezenas de crianças em redor apupavam-no constantemente com epítetos tipo "Bibi", "Carlos Cruz" (com todo o respeito que ainda tenho pela presunção da inocência destes senhores), ao mesmo tempo que a dita senhora continuava a insultá-lo, mesmo depois de ver as fotos inocentes que ele tinha tirado. Concluindo, depois desta humilhação pública, acho que tão cedo o meu colega não volta a pôr os pés numa piscina...
Vivemos uma altura de psicose colectiva, em que as condutas mais inocentes podem ser interpretados como os mais vis comportamentos.
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