MAIS DO QUE ISTO... A forma como Mário Soares se referiu à importância da economia, citando Pessoa, reflecte a mentalidade de muitos portugueses e explica, em grande parte, o estado a que chegamos:
"(...) A economia é extremamente importante, ninguém o ignora. É uma das chaves do nosso futuro colectivo. Mas a economia está ao serviço das pessoas e não as pessoas da economia. (...) Depois, como escreveu Fernando Pessoa: "Mais do que isto/é Jesus Cristo/que não sabia nada de finanças/nem consta que tivesse biblioteca"
Esta mentalidade de quem diz privilegiar as "pessoas" é a responsável pela irresponsabilidade completa a que se assiste neste país. As derrapagens nos orçamentos das obras públicas, que deviam ser factos excepcionais, são toleradas e aceites com naturalidade. Os "boys" partidários repartem entre si o Estado e tudo quanto é empresa pública, instituto ou "tacho" de acessor principescamente pago. Fala-se muito em conceitos abstractos e genéricos como "diálogo", "igualdade", "justiça" e "repartição da riqueza", mas perpetua-se um sistema pesado, burocrático e ineficaz que faz exactamente o contrário dessas palavras bonitas que os políticos do "combate", da "luta" e das "batalhas" tanto falam. Além de pesado, o nosso sistema "social" é mau e falha naquilo que seria mais importante, dar igualdade de oportunidades a todos os cidadãos.
E Mário Soares foi um dos responsáveis por termos chegado a este estado de coisas. Por isso, nada de novo virá da sua candidatura e eventual vitória. Apenas mais jacobinismo, estatismo, arrogância soarista e ilusão de quem vive acima das suas possibilidades. Além de que, convém não esquecer, Soares presidente não será grande ajuda para qualquer governo que queria reformar a administração pública e controlar o défice.
Merecíamos mais que isto.
"(...) A economia é extremamente importante, ninguém o ignora. É uma das chaves do nosso futuro colectivo. Mas a economia está ao serviço das pessoas e não as pessoas da economia. (...) Depois, como escreveu Fernando Pessoa: "Mais do que isto/é Jesus Cristo/que não sabia nada de finanças/nem consta que tivesse biblioteca"
Esta mentalidade de quem diz privilegiar as "pessoas" é a responsável pela irresponsabilidade completa a que se assiste neste país. As derrapagens nos orçamentos das obras públicas, que deviam ser factos excepcionais, são toleradas e aceites com naturalidade. Os "boys" partidários repartem entre si o Estado e tudo quanto é empresa pública, instituto ou "tacho" de acessor principescamente pago. Fala-se muito em conceitos abstractos e genéricos como "diálogo", "igualdade", "justiça" e "repartição da riqueza", mas perpetua-se um sistema pesado, burocrático e ineficaz que faz exactamente o contrário dessas palavras bonitas que os políticos do "combate", da "luta" e das "batalhas" tanto falam. Além de pesado, o nosso sistema "social" é mau e falha naquilo que seria mais importante, dar igualdade de oportunidades a todos os cidadãos.
E Mário Soares foi um dos responsáveis por termos chegado a este estado de coisas. Por isso, nada de novo virá da sua candidatura e eventual vitória. Apenas mais jacobinismo, estatismo, arrogância soarista e ilusão de quem vive acima das suas possibilidades. Além de que, convém não esquecer, Soares presidente não será grande ajuda para qualquer governo que queria reformar a administração pública e controlar o défice.
Merecíamos mais que isto.
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