respublica

terça-feira, dezembro 30, 2003

NÃO CONCORDO com o indulto concedido pelo presidente da República à enfermeira condenada por prática de aborto clandestino. Não sinto por esta enfermeira qualquer compaixão como a que possa sentir pelas mulheres que, pelas mais diversas e dramáticas circunstâncias, são forçadas a recorrer ao aborto. A enfermeira da Maia ganhava dinheiro à custa da desgraça alheia, explorando de forma vil a miséria humana.

Os seus defensores alegam que este indulto é merecido, uma vez que ela "sempre agiu de forma profissional"... mas que cegueira! Se esta enfermeira agiu de forma profissional - leia-se, com todos os procedimentos de segurança e higiene - não fez mais que a sua obrigação. Ainda por cima, os seus serviços eram pagos!